3 de março de 2011

É melhor não leres, tu não queres ouvir o que tenho para dizer!

Se isto fosse um diário de folhas de papel, a esta hora já não existia. Estava rasgado, queimado, destruído de uma qualquer maneira...
Pergunto-me agora se faz, se fez algum sentido tudo isto?
Enfim, foi bom ter alguém enquanto estiveste sozinho, não foi? Agora que tens montes de amigos e amigas, o que já não faz falta mete-se para um canto. Já tens com quem "jantar", com quem sair, com quem ir ao cinema...
Mas sempre se disse que "quem está mal muda-se" não é? E normalmente quando se procura outras coisas é porque não estamos satisfeitos com o que temos.
Sabes a maioria dos gajos, vive estas coisas, estas maluqueiras, estas experiências quando são mais novos e depois assentam, tu fizeste ao contrário. Se queres que fique feliz por ti, eu fico, mas digo-te uma coisa, aquilo que tu tinhas de bom, que te tornava diferente, vais perder tudo isso.
Essa vida é gira e tal, mas cansa e não nos torna melhores. Mas se é isso que queres, força vai em frente!
De qualquer maneira tu vais aterrar em Lisboa e vais esquecer que eu existo e não queiras apostar no contrário, porque eu ganho. Quanto muito vais-te lembrar de mim no anos porque aparece um aviso no facebook e talvez no Natal, se ainda fizer parte da lista telefónica.
Quanto a mim, não sei se me vais encontrar por aqui muito mais vezes, neste momento não sei se faz muito sentido. Vinha aqui porque tu eras diferente, tu ouvias, tu estavas aqui, tu importavas-te comigo ou eu achava que sim. Contei-te a minha vida toda, coisas que não contei a mais ninguém, tivemos aquilo a que sempre chamei "conversas de alma", uma coisa rara nos dias de hoje, agora sinceramente não sei.
Eu só gostava que no dia em que tu foste a esses pseudo jantares, em vez de teres feito isso parecer uma coisa simples e agradável, tivesses logo dito a verdade. Se a ideia era não magoar, lamento mas só fizeste pior.
Mas se calhar a culpa até é minha, qualquer idiota percebia a finalidade disso, bastava entender as entrelinhas das poucas coisas que tu contavas, acho que simplesmente não quis acreditar que tu estavas a seguir esse caminho.
Posso-te agradecer o facto de não teres mentido, de não teres enganado, de não teres negado nada, de não teres traído (apesar de teres ido à procura), acho que simplesmente omitiste. 
Há um ditado que diz "não faças aos outros, o que não queres que te façam a ti", mas começo a achar que se calhar tenho de fazer exactamente o contrário...
Sem cera

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