De acordo com Elisabeth Klüber-Ross,
quando sofremos uma perda catastrófica, passamos por cinco fases
diferentes de dor. Começamos pela negação. A perda é tão impensável, que
achamos que não pode ser verdade. Zangamo-nos com todos. Zangamo-nos
connosco mesmos. E depois negociamos o que sentimos. Imploramos.
Pedimos. Oferecemos tudo o que temos. Oferecemos a nossa alma em troca
de apenas mais um dia. Quando a negociação falha e é difícil
continuarmos zangados, entramos em depressão. Em desespero. Até que
aceitamos que fizemos tudo o que podíamos. E deixamos ir. Deixamos ir e
passamos à aceitação.
A dor pode ser algo que todos
temos em comum, mas é diferente em cada um de nós. Não é apenas a morte
que temos que chorar. É a vida! A perda! A mudança! E quando nos
perguntamos porque tem de ser tão mau, porque tem de doer tanto, é
quando percebemos que tudo pode mudar de repente. É assim que nos
mantemos vivos. Quando dói tanto que não conseguimos respirar. É assim
que sobrevivemos e continuamos.
A dor chega na altura própria
para cada pessoa. A seu modo. E tudo o que podemos fazer, é tentar ser
honestos. Mas o que é mesmo doloroso, a pior parte da dor, é que não
conseguimos controlá-la. Por isso o melhor a fazer é permitirmos
senti-la quando chega e deixá-la partir quando conseguimos. Mas ás vezes
quando pensamos que já a ultrapassámos, ela começa de novo. E de cada
vez que começa... deixa-nos de rastos... sem fôlego.
Há cinco fases de dor. São diferentes em todos nós, mas são sempre cinco. Negação. Ira. Negociação. Depressão. Aceitação.
Monólogo de Introdução 'Anatomia de Grey', série 6, episódios 1 e 2
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