29 de junho de 2011

Um cêntimo pelos teus pensamentos!

28 de junho de 2011

27 de junho de 2011

Sem contar os dias

Já não olho para cima como antes, às vezes nem sequer olho para não me lembrar, outras fico estarrecida com o turbilhão de emoções que uma coisa tão simples me faz sentir.
É só um olhar, mas lá em cima, não sei, às vezes parece que em vez de constelações as estrelas escrevem uma história que só eu entendo...
Incrível como o tempo passa e eu ainda sinto a tua presença todos os dias, é como se de alguma forma soubesse que estás sempre ai e tu soubesses que estou sempre aqui, vai para além do físico, do sentimento, da amizade, de tudo o que consigo explicar, é daquelas sensações que mesmo quando te odeio não deixo de sentir. Acho que o mundo podia se partir ao meio e ficarmos cada um de um lado que não ia deixar de sentir isto, é como, sei lá, se tivéssemos uma corda invisível com uma ponta atada a cada um de nós e aconteça o que acontecer sabemos sempre que aquela corda tem outra ponta.
As coisas tem andado mais ou menos, às vezes não me apetece falar muito contigo, outras tenho uns sonhos estranhos, outras apetece-me zangar contigo porque tu não te lembras de mim, não sei acho que ainda ando a procura da fórmula para conseguir superar isto tudo. 
Às vezes ponho-me a pensar que se não tivesse sido tão bom, não custava tanto, mas não sei... Não se pode por em causa sentimentos, não se pode questiona-los por muito que queiramos.
Tem alturas que simplesmente páro para o mundo e correm-me as lágrimas como se fosse uma criança, saber que houve uma história, há um passado e ao mesmo tempo é como se fosse invisível, porque foi só nosso, é bom, é um conto de fadas vivido na realidade, mas ao mesmo tempo será que isso não desaparece, não se esquece?
Isto tem sido tudo tanta coisa, um tsunami para mim, veio levou tudo a frente e agora demora uma eternidade a por tudo no sitio, uns dias enchemos-nos de coragem e vamos em frente, outros estamos tão abatidos que só nos apetece desistir...
Sinto a tua falta não dá para negar, se houve pessoas que me marcaram tu foste uma delas e gostava de poder ouvir o mesmo, mas também sei que ver-te agora, sair contigo seria uma péssima ideia, não ia correr bem, não me ia sentir bem ao pé de ti, talvez nos afastasse mais ainda. 
Sobre o que está para vir não sei, tenho andado um dia de cada vez, a tentar não pensar, não racionalizar, não sentir, nada, limitar-me só a viver e passar para o dia seguinte, quando me sinto pior às vezes forço-me a dormir para não pensar mais... Noutro dia fiz 3 turnos seguidos, perdi a conta as horas que fiquei sem dormir, já não sentia os pés estava exausta, mas cá dentro não podia estar melhor, tinha a cabeça ocupada...
Enfim, vou dormir já é quase dia novamente. Deixo um novo monólogo para outro dia!
Sem cera


23 de junho de 2011

Hate

Right now i hate you, i hate you so much that you can´t imagine...
I hate you for every one tear you make me cry and for every smile you stoled from me.
I hate you because i don´t deserved this and you know it.
I hate you for everything and for nothing.
I just want you dissapear, from my life, from my head, from my memories.
I don´t wanna talk with you, i don´t wanna see you...
You don´t deserve anything i gave to you and definitely you don´t deserve that i like you.
Yes, now you can jump with joy! This is what you ever wanted.
Now you can go and do a bunch of boat trips with your girlfriend, and all the other things you wanted...
I hope you´re happy now.
Sem cera

PS - Just send me your adress for i can sending your things back

22 de junho de 2011



Não precisas tentar entender...
Sem cera

20 de junho de 2011

Às vezes...

"Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer.
E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordeiramente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.
Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer: aquilo que mais se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepara-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um Deus qualquer que nos dê força e serenidade. Pensar que o tempo está a nosso favor, que a vontade de mudar é sempre mais forte, que o destino e as circunstâncias se encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim.
Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito. Somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.
Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo a baixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda-fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.
Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio, paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar." MRP
Sem cera

18 de junho de 2011

Eu Queria Ter o Tempo e o Sossego Suficientes

"Eu queria ter o tempo e o sossego suficientes
Para não pensar em coisa nenhuma,
Para nem me sentir viver,
Para só saber de mim nos olhos dos outros, reflectido."

Alberto Caeiro, in  "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa

16 de junho de 2011

Confissão

"Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tão pouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terramoto!"
Mário Quintana

9 de junho de 2011

Não consigo

Não consigo deixar de te sentir em mim, deixar de te querer aqui, por perto.
Não consigo aceitar que esteja outra pessoa no lugar que já foi meu, que tenha ela tudo aquilo que desejo, que sejam dela tempos, lugares e histórias que tinha só para mim, que me eram especiais.
É doloroso demais para quem deu tanto, para quem gostou de ti como eu gostei. Ver-te assim a gostar de outra pessoa sem sentir nada por mim, sem ter vontade de voltar, de tentar de novo.
Estou exausta, quero acabar com tudo, já não sei mais o que fazer.
Estou cansada de sofrer, de ser sempre deixada, de ver sempre outras melhores, mais bonitas no lugar que devia ser meu, farta de nunca ser eu a escolhida, de nunca gostarem de mim.
Olha para tudo isto, de que serviu eu me dar, eu gostar, eu fazer diferente, para acabar sozinha?
Pois bem, continuem vocês o caminho, eu fico por aqui. Colocar um fim na história onde ninguém vai sentir a minha falta.
Sem cera

8 de junho de 2011

Vida madrasta

Hoje é daqueles dias em que sei que se escrevesse tudo o que me vai na alma ficava quilos mais leve, mas também sei que tudo o que tenho para escrever é amargo demais...
Estive horas dentro do carro a chorar, a soluçar profundamente com um desespero que sinceramente por alguns momentos me esqueci que o mundo existia e só me apeteceu acabar com tudo.
Por mais voltas que dê não consigo entender. O que é que tinha assim de tão errado eu gostar de ti? Se tu podes aceitar que outra pessoa qualquer goste de ti porque não eu?
Não sei, não entendo. Não te quero de volta mas gostava de entender.
Sinceramente, sinto alguma repulsa em relação a ti, saber que foste para cama com outras, assim só por ir sem mais nem menos, só me dá vontade de ir a correr tomar banho e arrancar-te do meu corpo.
Pergunto-me como é que me entreguei tanto a alguém que nem gostava de mim? Faz-me sentir revirada para dentro. Como é que me iludi tanto?
Também acho que não estejas sozinho apesar de insistires nesse discurso, parece-me que por esta altura já terás encontrado outro contrato de exclusividade. Talvez estes sejam mais curtos devido à concorrência, mas mesmo assim..
Para quem se queixava de não ter sorte com as mulheres, creio que te dei um bilhete só de ida para a liberdade e assim que encontraste novas oportunidades não perdeste tempo.
Talvez tudo isto seja só uma mágoa enorme por tudo o que aconteceu, mas o tempo dirá quem tem razão, uma coisa é certa, enquanto eu sofro por ti, tu dormes com outras sem qualquer problema.
Sem cera

É com...

É com a queda das folhas das árvores que sentimos a chegada do outono, com as chuvas o inverno.
É com as flores e andorinhas que sentimos o inicio da primavera, com os raios quentes do sol o verão.
É com alegria que sentimos os bons momentos, com lágrimas as tristezas.
É com paixão que fazemos aquilo que mais gostamos, com lamento as tarefas desagradáveis.
É com amor que tratamos aqueles que representam tudo, com ódio não se trata ninguém.
É com risos que partilhamos amizades, uma tarde na praia, as primeiras palavras de um filho, a vitória de um clube, com saudades tempos e pessoas já feitos história.
É com o nascer do dia que sentimos o chegar de cada manhã, com a noite a reflexão.
É com o tempo que curamos magoas, feridas abertas e cicatrizes profundas, aprendemos a ser gente.
É com uma vida cheia de tudo que chegamos ao fim.
Sem cera

7 de junho de 2011

Dia de neura?

Vem a aí dia de folga, acho que vou ficar em casa com a cabeça enfiada no meio das almofadas só para não me lembrar de nada...
Estou a precisar de uma forcinha, isto está complicado.
Sem cera

6 de junho de 2011

Trapo Velho

Isto hoje não está muito bom, sinto-me um trapo velho.
Lembrei-me de ti, pensei em ir ao cinema mas não passam de ideias, não há força nem vontade...
Isto tudo tem-me custado imenso, tanto física como psicologicamente, nem eu estava a espera que tu tivesses este impacto em mim.
Toda a gente comenta o meu aspecto, mais magra, mais olheiras, mais abatida, tem dias que nem me reconheço no espelho, já para não falar de tudo o resto. Sinto-me seca, parece que o meu corpo perdeu a vida que tinha.
O resto é para esquecer, a cabeça, a alma desfeitas, sinto-me melhor quando consigo dormir um dia ou outro, ou quando tomo os medicamentos e fico tipo no mundo da lua, mas fora isso em estado natural, tem alturas que dou por mim a sentir as lágrimas pela cara abaixo assim sem porque.
Tenho tentado colar os pedacinhos de mim, mas alguns já estavam meio perdidos agora então não há cola que os segure e olha que tenho tentado.
Entretanto vou dormir isto está péssimo por aqui.
Sem cera

5 de junho de 2011

Vamos tentar

Há momentos na vida em que perdemos as pessoas de quem gostamos, sem termos opção de escolha, sem nos podermos despedir, sem aviso.
Elas vão e nós não podemos fazer nada, senão chorar, ralhar, dizer disparates, rogar pragas contra tudo e todos e esperar que o tempo passe e nos atenue a dor.
Mas também há momentos em que perdemos pessoas porque deixamos que isso aconteça, porque fazemos coisas que as levam a afastar-se de nós, porque destruímos a ponte que nos ligava a elas.
Eu, eu não sei, talvez ainda haja esperança, talvez consiga salvar, agarrar o último fio do que um dia foi uma amizade. Não vai ser fácil, não vai ser simples e se agora sinto a tranquilidade que me deixa escrever isto, vai haver momentos em que vou chorar, vou odiar-te, vou gritar contra ti, contra o mundo.
Sou demasiado sentimentalista para que tudo passe assim num piscar de olhos, para mim tudo é um tsunami de emoções, eu própria sou um furacão de estados e sentimentos que ninguém entende e não sou fácil de me dar, mas quando acontece...
Mas não vale a pena escrever e reescrever esta história, pelo menos em mim ela ficou cravada na pele, na alma e os próximos tempos vão provavelmente ser piores que uma ressaca, mas se é disso que depende o facto de não te perder então tenho de ser capaz.
Não te vou mentir, sinto muito a tua falta, tem dias que durmo agarrada a manta só para me sentir enroscada como se estivesses aqui, sinto falta dos teus abraços, das festas que me fazias na cabeça como ninguém, dos risos, das maluqueiras que fazíamos, da maneira como te metias comigo só para me fazer sorrir e ao mesmo tempo tudo isso parece uma ilusão e não te quero nem ver parece contraditório não é? Sim, eu sei tu não me percebes, sinceramente acho que só quem conseguir sentir tudo isto assim tão na pele, na alma me conseguirá entender. 
Acho que já chega por hoje, sinto-me a divagar e estou a ficar com o joão pestana.
Sem cera

3 de junho de 2011

Já não sei de nada...

Tu és um idiota.
Não mereces que goste de ti, que passe noites agarrada a almofada a chorar, enquanto tu andas por ai a divertir-te.
Não mereces que pense em ti, que me preocupe contigo.
Não mereces...

Arranjem um buraco e metam-me lá dentro, deixem-me desaparecer porque não aguento mais isto.
Este sentimento que me consome... Que mal te fiz eu?
Sem cera

1 de junho de 2011

Mágoa

Porque o silêncio me consome, as lágrimas me cegam e a alma está tão perdida que não sei o que dizer. Porque me lembro de ti e sinto a tua falta a cada dia que passa.
Porque passo os dias a fazer de conta que está tudo bem, quando na realidade não está.
Porque a mágoa magoa.

"Mágoa. [...] Está para lá da tristeza, da solidão, do desejo de lutar pelo que já se perdeu, da raiva de não ter o que mais se queria, da pena de ter deixado fugir um grande amor, por ser demasiado grande.
Primeiro grita-se, barafusta-se, soluça-se em catadupas, fazem-se esperas, mandam-se flores, livros sublinhados, convocam-se os amigos para em quórum planearem connosco uma estratégia de recuperação, sente-se aos solavancos e come-se sem mastigar, num torpor raivoso e revoltado. A vida vai mais depressa do que nós, passa-nos por cima e os dias comem-se uns aos outros. Só queremos que o tempo corra para nos apaziguar a dor e acalmar os papos nos olhos.
Depois é o pós-guerra, a rendição, a entrega das armas e as sentenças de um tribunal marcial interior, em que os juízes são a vida e o réu, o que fizemos dela.
Limpam-se os destroços, enterram-se os mortos, tratam-se os feridos que são as nossas feridas, feitas de saudades, desencontros, palavras infelizes e atitudes insensatas, medos, frustrações e tudo o que não dissemos. Há quem se rodeie de amigos, durma com antigos casos, se enrole numa manta de xadrez e se torne o mais fiel cliente do clube de vídeo da esquina. Há quem tome calmantes, absorva vodka em noitadas vazias como uma esponja inútil, se mude outra vez para casa da mãe, ou parta em uma viagem para um local turisticamente muito apetecível.
O pior é quando se chega lá, apetece tudo menos lá ficar. Percebemos que não há longe nem distância para a dor, e que nenhum amante, amigo, mãe, irmão, droga ou bebida matam a saudade do que já fomos ou de quem já tivemos nos braços.
A mágoa chega então, quando o cansaço já não nos deixa sentir mais nada. É silenciosa e matreira, instala-se sem darmos por ela, aloja-se no coração e começa a deixar sinais aqui e ali, dentro de nós. A pouco e pouco sentimos que já não somos a mesma pessoa.
As cicatrizes podem esbater-se com os anos e ser remendadas com hábeis golpes de plástica, mas ficarão para sempre debaixo dos excertos que fazemos à alma.
O cansaço mata tudo. A raiva de não termos quem tanto amámos, a fúria de não sermos donos da nossa vontade, o orgulho de termos perdido quem mais queríamos. Só não mata as saudades e a vontade de continuar a sonhar que um dia pode mudar outra vez e libertar-nos de nós mesmos e do sofrimento, tão grande quanto involuntário, tão patético quanto verdadeiro.
Às vezes, quando a mágoa é enorme e sufoca, vegetamos em silêncio para que ela não nos coma. Fingimos que está tudo bem, rimo-nos de nós próprios perante os outros e até mesmo perante o outro que vive dentro de nós. Tornamos-nos espectadores da nossa dor. Afastamos-nos de nós, do que somos, daquilo em que acreditamos. No fundo estamos a desistir, como quem volta atrás porque tem medo do escuro, vencidos pela desilusão cansadas de esperar em casa que o mundo pare e se lembre de nós.
Mas o mundo nunca pára. Nada pára. A vida foge, os dias atropelam-se, é preciso continuar a vivê-los, mesmo com dor, mesmo com mágoa. Pelo menos a mágoa magoa, faz-nos sentir vivos.
Arde no peito e no orgulho, mas pouco a pouco vai matando a dor.
Torna-se a nossa companheira mais próxima, deixando de nos defender da tristeza que se vai consumindo como uma vela esquecida num presépio morto que uma corrente de ar ou um novo sopro de vida um dia apagará." MRP
Sem cera