27 de junho de 2011

Sem contar os dias

Já não olho para cima como antes, às vezes nem sequer olho para não me lembrar, outras fico estarrecida com o turbilhão de emoções que uma coisa tão simples me faz sentir.
É só um olhar, mas lá em cima, não sei, às vezes parece que em vez de constelações as estrelas escrevem uma história que só eu entendo...
Incrível como o tempo passa e eu ainda sinto a tua presença todos os dias, é como se de alguma forma soubesse que estás sempre ai e tu soubesses que estou sempre aqui, vai para além do físico, do sentimento, da amizade, de tudo o que consigo explicar, é daquelas sensações que mesmo quando te odeio não deixo de sentir. Acho que o mundo podia se partir ao meio e ficarmos cada um de um lado que não ia deixar de sentir isto, é como, sei lá, se tivéssemos uma corda invisível com uma ponta atada a cada um de nós e aconteça o que acontecer sabemos sempre que aquela corda tem outra ponta.
As coisas tem andado mais ou menos, às vezes não me apetece falar muito contigo, outras tenho uns sonhos estranhos, outras apetece-me zangar contigo porque tu não te lembras de mim, não sei acho que ainda ando a procura da fórmula para conseguir superar isto tudo. 
Às vezes ponho-me a pensar que se não tivesse sido tão bom, não custava tanto, mas não sei... Não se pode por em causa sentimentos, não se pode questiona-los por muito que queiramos.
Tem alturas que simplesmente páro para o mundo e correm-me as lágrimas como se fosse uma criança, saber que houve uma história, há um passado e ao mesmo tempo é como se fosse invisível, porque foi só nosso, é bom, é um conto de fadas vivido na realidade, mas ao mesmo tempo será que isso não desaparece, não se esquece?
Isto tem sido tudo tanta coisa, um tsunami para mim, veio levou tudo a frente e agora demora uma eternidade a por tudo no sitio, uns dias enchemos-nos de coragem e vamos em frente, outros estamos tão abatidos que só nos apetece desistir...
Sinto a tua falta não dá para negar, se houve pessoas que me marcaram tu foste uma delas e gostava de poder ouvir o mesmo, mas também sei que ver-te agora, sair contigo seria uma péssima ideia, não ia correr bem, não me ia sentir bem ao pé de ti, talvez nos afastasse mais ainda. 
Sobre o que está para vir não sei, tenho andado um dia de cada vez, a tentar não pensar, não racionalizar, não sentir, nada, limitar-me só a viver e passar para o dia seguinte, quando me sinto pior às vezes forço-me a dormir para não pensar mais... Noutro dia fiz 3 turnos seguidos, perdi a conta as horas que fiquei sem dormir, já não sentia os pés estava exausta, mas cá dentro não podia estar melhor, tinha a cabeça ocupada...
Enfim, vou dormir já é quase dia novamente. Deixo um novo monólogo para outro dia!
Sem cera


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