30 de maio de 2010

Há dias assim...

“Há dias assim
Que nos deixam sós
A alma vazia
A mágoa na voz

Gastámos as mãos
Tanto as apertámos
Já não há palavras
Foi de tanto as calarmos

Há uma canção
Que não te cantei
Versos por rimar
Poemas que nunca inventei

Quem nos pôs assim?
A vida rasgada
Quem te me levou?
Roubou-me a alma
Mas de ti não sabe nada

Há dias assim
Não há que esconder
Recear palavras
Amar ou sofrer

Ocultar sentidos
Fingir que não há
Há dias perdidos
Entre cá e lá

Sei que um dia saberás
Que a vida é uma só
Não volta atrás”

Descansa em paz



"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

(Miguel Sousa Tavares)

Eu perdi-te faz hoje 5 anos, mas continuas comigo sempre como se ainda cá estivesses. Comigo continua também a culpa, que sempre senti, que sinto ainda, a culpa de saber que te deixei só naquele dia, de saber que foste embora sem um adeus, sem uma despedida. Perdoa-me.
Sem cera

29 de maio de 2010

28 de maio de 2010

Lágrimas

Existem coisas, sentimentos, emoçoes, pessoas que com o passar do tempo tornam-se memórias, não nos provocam nada, nenhuma reacção. Outras por sua vez com coisas tão simples fazem-nos verter lágrimas sem explicação...
Hoje sei que fiquei triste, só não sei explicar o porque... Foi mais forte do que eu, apesar de ter previsto isto, de já ter imaginado mas foi inesperado sem aviso prévio.
Não foi uma desilusão acho eu, foi mais uma tristeza para juntar a tantas outras!
Sem cera

27 de maio de 2010

Sonho Impossível

"Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão"
(Maria Bethânia)

26 de maio de 2010

23 de maio de 2010

Eu, contigo...

Todos nós acreditamos no Pai Natal, até ao dia em que descobrimos a verdade... Da mesma maneira acreditamos em muitas outras coisas, cada um a sua maneira. Eu acreditava na felicidade, até ao dia em que me fizeram acordar para um pesadelo chamado realidade.
Tal como muitas também acreditava no príncipe encantado, no vestido de conto de fadas e no viveram felizes para sempre, mas nada disto é real...
Hoje vivo com o que aprendi no passado mas ainda espero apenas encontrar alguém que goste de mim. Todos os outros foram fracassos, um trocou-me, outro não foi fiel, um só queria receber sem dar nada em troca e isto falando naqueles que duraram tempo suficiente para terem história, porque os outros não tiveram tempo nem espaço para que pudessem mostrar o que quer que fosse!
Sei que muitas vezes não mostro aquilo que sou, transformo-me numa pessoas fria com uma fortaleza à minha volta para ninguém entrar, mas não sou assim. Tenho dias bons, dias maus, os meus altos e baixos e lá no fundo, bem fundo ainda sou uma romântica, alguém que acredita, que sonha mesmo sabendo que nada disso é possível, apenas no mundo da fantasia.
Tu só vieste baralhar tudo, fazes as coisas parecerem possíveis, mesmo sabendo que não são reais. Tu nem sequer és perfeito mas mesmo assim foges a regra de todos os outros, mas será um até quando? Ou serás mesmo assim?
Gostava de acreditar que tu existes, que existes mesmo a sério. Gostava de poder gostar de ti, de poder dizê-lo, de saber que vais continuar aqui sem sentir um medo constante em te perder mas ainda não sei...
Chama-me doida, tonta o que quiseres mas não sei se te dou esta oportunidade a ti ou a mim mesma... Talvez aos dois, tu provas que estou errada e eu provo que ainda se pode ser feliz. Ou então acordo um dia e tu isto foi apenas um sonho!
Talvez esteja mesmo a sonhar a delirar acordada mas que se há-de fazer vale a pena tentar antes de desistir de vez, além disso tu estas aqui!
Sem cera

20 de maio de 2010

Há coisas....



...que nem eu sei explicar!!!
Sem cera

16 de maio de 2010

Dois mundos...

Quando se tem filhos nem sempre é fácil contarmos com mais alguém na nossa vida, sobretudo quando não sabemos se essa pessoa vem para ficar ou não...
Um filho é algo que ultrapassa qualquer um, aquilo que se sentem, que se ganha, que se vive são coisas incomparáveis a tudo o resto que o mundo nos possa dar, mas o facto de se ser mãe, significa também que somos mulheres e não nos podemos esquecer disso.
O amor que se tem por aqueles que são nossos é de uma dimensão sem medida, mas também nós precisamos que gostem de nós, que nos amem. Se como mães nós amamos incondicionalmente, como mulheres também queremos que o façam por nós, a questão é conciliar tudo isso quando se está só...
Nós não podemos obrigar os outros a gostar dos nossos filhos, não os podemos impingir por isso quando aparece alguém para gostar de nós, nem sempre as decisões são fáceis.
Se não vier para ficar, abrimos mão dele.
Se não gostar das crianças, abrimos mão dele.
Se for uma questão de escolhas, abrimos mão dele.
Deixamos-nos ficar para segundo plano em prioridade dos nossos filhos.
Mas, e se não for assim? Se quem gostar de nós também gostar deles, se quem gostar de nós vier para ficar e quiser aceitar as coisas como são e tentar superar os problemas? Sinceramente não sei, talvez resulte...
Quanto a mim, ainda ando cá e lá a tentar conciliar as coisas, a tentar conciliar dois mundos, dois papéis diferentes. Nem sempre faço as melhores escolhas, nem sempre fico feliz, nem sempre sou a melhor mãe do mundo mas dou tudo o que tenho da melhor maneira que consigo.
Sem cera

15 de maio de 2010

10 de maio de 2010

The simple things that you give me...

Não sei explicar, nem sei se quero saber... Como o cheiro a terra molhada depois da chuva, como o céu estrelado, como o pôr do sol à beira mar, como o arco iris assim são as coisas que tu me dás. Coisas tão simples, que a maioria de nós nem presta atenção mas que são tão belas que sabem tão bem e que nos deixam felizes...
Não sei definir isto, apesar de as vezes me meter algum medo, mas que importa tu estas aqui...
Tento passar cada dia a aproveitar as coisas boas, não me lembrando do passado mas nem sempre é fácil.
Sem cera

9 de maio de 2010

Dá-me um abraço...

"Dá-me um abraço que seja forte
E me conforte a cada canto
Não digas nada que nada é tanto
E eu não me importo

Dá-me um abraço, fica por perto
Neste aperto, tão pouco espaço
Não quero mais nada, só o silêncio
Do teu abraço

Já perdi, sem rumo certo,
Já me venci pelo cansaço
E estando longe
Estive tão perto
Do teu abraço

Dá-me um abraço, que me desperte
E me aperte, sem me apertar
Que eu já estou perto, abre os teus braços...
Quando eu chegar

É nesse abraço que eu descanso
Esse espaço que me sossega
E quando possas dá-me outro abraço
Só um não chega

Já perdi, sem rumo certo,
Já me venci pelo cansaço
E estando longe
Estive tão perto
Do teu abraço" (Miguel Gameiro)