16 de maio de 2010

Dois mundos...

Quando se tem filhos nem sempre é fácil contarmos com mais alguém na nossa vida, sobretudo quando não sabemos se essa pessoa vem para ficar ou não...
Um filho é algo que ultrapassa qualquer um, aquilo que se sentem, que se ganha, que se vive são coisas incomparáveis a tudo o resto que o mundo nos possa dar, mas o facto de se ser mãe, significa também que somos mulheres e não nos podemos esquecer disso.
O amor que se tem por aqueles que são nossos é de uma dimensão sem medida, mas também nós precisamos que gostem de nós, que nos amem. Se como mães nós amamos incondicionalmente, como mulheres também queremos que o façam por nós, a questão é conciliar tudo isso quando se está só...
Nós não podemos obrigar os outros a gostar dos nossos filhos, não os podemos impingir por isso quando aparece alguém para gostar de nós, nem sempre as decisões são fáceis.
Se não vier para ficar, abrimos mão dele.
Se não gostar das crianças, abrimos mão dele.
Se for uma questão de escolhas, abrimos mão dele.
Deixamos-nos ficar para segundo plano em prioridade dos nossos filhos.
Mas, e se não for assim? Se quem gostar de nós também gostar deles, se quem gostar de nós vier para ficar e quiser aceitar as coisas como são e tentar superar os problemas? Sinceramente não sei, talvez resulte...
Quanto a mim, ainda ando cá e lá a tentar conciliar as coisas, a tentar conciliar dois mundos, dois papéis diferentes. Nem sempre faço as melhores escolhas, nem sempre fico feliz, nem sempre sou a melhor mãe do mundo mas dou tudo o que tenho da melhor maneira que consigo.
Sem cera

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