30 de setembro de 2011

Depois da felicidade, o caos!


Vagueio nas horas, no tempo, na noite... Passo tudo em claro, a inventar com que ocupar o tempo.
Já não choro como antes, ainda assim, lágrimas rolam pelo rosto cada vez que o pensamento me atraiçoa... 
A cada dia que passa, o silêncio consome-me mais um pouco, o vazio torna-se maior... 
Deixa de ser fácil fingir sorrisos, disfarçar que se está triste, dizer que está tudo bem quando não está, apetece mandar tudo para o alto e que se danem todos vocês, não sou de ferro.
Dá vontade de fugir para longe, como se isso de alguma maneira nos servisse para apagar a memória, para distrai-la pelo menos...
Os dias passam e é sempre tudo igual, acorda-se um dia após o outro e são apenas repetições.
O mais estúpido é sentir tudo isto por alguém que nem sequer gosta de mim, provavelmente nunca gostou, por alguém que não quer nem saber, que não sente ou sentiu algo sequer parecido com o que eu sinto, que não pensou duas vezes quando teve de seguir em frente, de fazer escolhas...
O mais estúpido é ter dado o melhor de mim a alguém que limitou-se a colocar tudo isso no contentor do lixo porque só pensou..., enfim, foi-lhe indiferente se estava a magoar alguém ou não...
O mais estúpido é que só eu é que me magoei, minha idiota! Ninguém quer saber de mim, ninguém nunca gostou de mim, não era agora que ia ser diferente. Eu melhor que ninguém devia saber que não existem principes encantados, nem histórias felizes...
Tu eras bom demais para ser verdade, devia ter percebido! 
Não interessa, já nada interessa agora, só quero esquecer tudo isto. Porque cada vez que tu voltas ao pensamento, cada vez que me relembro de tudo é como voltar à casa da partida e a única coisa que me apetece é morrer...
Tu não fazes a menor ideia do quão cansada estou, do quão dificil é esta batalha silenciosa ou daquilo que tenho passado. Não fazes a menor ideia da solidão que sinto ou da falta que me faz um ombro onde possa chorar sem ter de me esconder...
Sem cera

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