15 de agosto de 2010

Em recuperação...




Tive uma infância feliz, sempre achei que apesar de não me sentir a criança mais amada do mundo (excepção feita a alguns momentos por parte da minha mãe), nunca me faltou nada.
Com o passar dos anos tudo mudou, principalmente desde que o meu avô partiu. Desde essa altura tudo ficou diferente, foi como se tivessem tirado o pilar principal da construção de um edifício e a partir dai já não houve volta a dar, foi sempre a piorar. E nós já tínhamos tido momentos difíceis...
Hoje em dia, nem sei bem quem sou, mas definitivamente não sou a pessoa que era aqui há uns anos. Olho para mim e vejo uma pessoa feita de sonhos por realizar, de coisas inacabadas, incapaz de demonstrar amor ou afecto, uma péssima mãe e alguém que não consegue esquecer um passado que a transformou profundamente e no qual tenta encontrar os restos daquilo que outrora foi.
Acordo todas as manhas e sei que tenho a medicação e os conselhos do médico ali mesmo à mão, mas penso que se aguentar só mais esse dia, é mais um que ultrapasso e chegando ao fim do dia é mais uma batalha vencida e se conseguir vencê-las todas ganho a guerra sem precisar de voltar um passo atrás.
Foi há sete anos que fugi de todos. A intenção era desaparecer, cometer aquilo a que muitos chamam de suicídio, mas que eu sei para alguns é uma tentativa desesperada de encontrar a paz. Depois de tudo o que me tinham feito, depois de me terem destruído, a única coisa que queria era deixar de existir, mas não fui capaz. Como não tenho sido capaz de tantas outras coisas ao longo deste tempo, contudo o que interessa é que apesar do desespero e da depressão em que entrei, eu recuperei. Nunca totalmente, até porque tenho recaídas como agora, mas nunca mais desci tão fundo, não voltei ao fundo do poço.
Nestas alturas só queremos fugir, deixar tudo para trás, porque não conseguimos lidar com o dia a dia e porque não queremos magoar aqueles que ainda gostam de nós, são momentos difíceis em que disparamos "fogo" em todas as direcções ou então fechamos-nos dentro da nossa própria "concha", muitas vezes como pedidos de ajuda mas como as pessoas não sabem isso por vezes só lhes fazemos mal...
Quanto a mim tenho a sensação e a certeza que nunca antes fiz um esforço tão grande para me manter ao cimo de água...
E nesta história toda tu és ambíguo, se por um lado vou a ti buscar força para aguentar, por outro também me deitas abaixo de uma forma inexplicável.
Mas de que vale tudo isto? Ninguém me vai dizer "Eu estou aqui! Vim para ficar, vou estar presente quando precisares.", ninguém me vai limpar as lágrimas. Por isso só me resta lutar, dar cabo da vida, antes que ela acabe comigo.
Só espero que um dia, quando também eu fizer parte do passado ninguém sinta saudades ou tenha pena, quero que sintam alegria porque quando esse dia chegar não vou precisar de lutar mais.
E depois de tudo isto tu vais dizer que preciso é de dois estalos na cara ou muita porrada, mas escrever nunca fez mal a ninguém e isto que aqui está é aquilo que sou para o bem e para o mal, com altos e baixos, com bons e maus momentos, com fraquezas e com momentos de equilíbrio, com alegrias e tristezas e com muita loucura.
Adoro-te, mas tu não tens de gostar de mim se não conseguires...
Sem cera

14 de agosto de 2010

De volta :(

Adorei as minhas curtas férias, mas agora que estou de regresso já só quero fugir, não aguento mais isto e sei que já não estou bem...
Um dia de cada vez para não deitar tudo a perder. Sorry if i hurt you!
Sem cera

10 de agosto de 2010



Wonderful morning you and me!

9 de agosto de 2010

Amor ou Sexo? E outras coisas mais...

A resposta? Os dois!
Ou melhor, ter alguém que goste de nós e nos conheça o suficiente para podermos partilhar todas estas experiências apetitosas...
Invariavelmente, esta é uma questão que levanta algumas dúvidas e discussão, mas a questão é se poderemos ter um sem o outro?
Pessoalmente acho que não. Simplesmente porque o sexo pode ter as mais variadas formas, pode ser carinhoso, atencioso como também completamente arrebatador e feroz, mas para ele acontecer tem de existir amor ( e entenda-se aqui "amor" como um sentimento muito vasto, incapaz de ser definido e que subentende uma série infinita de sentimentos que une de uma forma inexplicável duas pessoas).
É verdade, pode acontecer e acontecem "one night´s only", mas mesmo assim para existir sexo teve e tem de existir pelo menos uma atracção mútua, uma vontade física.
Contigo, tem sido uma boa descoberta!
Não que vá fazer comparações, nem comentários sobre os restantes, tu apenas tens sido diferente, muito diferente isso sim.
É óptimo existir alguém que nos deixe satisfeitas por inteiro, é uma sensação indescritível, tem alturas que parece que saímos do nosso corpo, ficamos a "flutuar" num estado de espírito completamente despido de tudo...
É óptimo sobretudo, quando não nos forçam, quando não pensam só na auto-satisfação, quando não nos tratam como coisas em vez de pessoas que somos.
Amor ou sexo? É contigo agora...
Eu, apenas acho fantástico fazê-lo contigo e pronto. Seja como for, onde for é simplesmente delicioso!
Não vale a pena ficares convencido, certamente existem outros como tu, eu é que ainda não os encontrei só isso. ;)
A bem da verdade também não tenho andado a procura, tenho me sentido feliz assim. As vezes tenho as minhas dúvidas, os meus medos, mas acima de tudo e principalmente tenho gostado de te ter por perto.
Assusta-me saber que te vais embora um dia, assusta-me saber que vou ter saudades, que vou sentir a tua falta, que me vai apetecer um abraço e um ombro para chorar e tu não vais estar por perto...
Mas eu sei, a vida não pára e outras pessoas farão parte da história, mas mesmo assim sei que vou ter saudades, da mesma forma que sinto daqueles que partiram ou não fosse eu feita de nostalgia, saudosismo e tristeza antecipada.
Bem, é melhor ficarmos por aqui, esta conversa já vai longa e muito distante do assunto que aqui me trouxe, por este andar qualquer dia estou para aqui a escrever um livro. Vou embora agora, beijo beijo. Adoro-te
Sem cera

5 de agosto de 2010

Tristeza

Ela não desaparece, não desaparece nunca... Esta tristeza, este aperto cá dentro, estou cansada, apetece-me chorar tantas vezes nem sei bem porque.
Ultimamente tenho passado tantas coisas em revista, tenho me lembrado de outras que julgava enterradas, tem sido um vai vem de memórias sem sentido e sem perceber porque...
Mesmo quando me sinto feliz, quando esta sensação se vai parece que me falta sempre realizar qualquer coisa mais, pareço incompleta.
Porque é que tudo tem de ser sempre aos pontapés, as vezes estou tão farta disto tudo!
Nada disto faz sentido, nem eu me sei explicar a mim própria nestes momentos, apenas faço de conta que nada se passa, para ver se tudo isto desaparece.
Tenho-te a ti, que nestas alturas mais do que qualquer outra coisa és um amigo com um ombro a minha espera mesmo sem saber.
Sem cera