12 de julho de 2011

Contracenso

E se de repente fechássemos os olhos e tudo acabasse?
Estou tão cansada, tão magoada, tão só...
Não há ninguém que consiga gostar de mim, por mais que eu dê, por mais que eu faça sou sempre uma peça acessória, alguém que se usa para passar o tempo, para obter qualquer coisa nada mais.
Ninguém fica aqui, ninguém diz gosto de ti...
Não merecia, não merecia as feridas que abriram, as facas que cravaram no peito, as mentiras, as traições, não merecia isto.
De ti muito menos, confiei em ti, contei-te o meu passado, as minhas dores, os meus medos, as minhas feridas, não podias ter feito isto, não podias...
Logo tu que me provaste que estava errada, que provaste que era possível alguém gostar de mim, que era possível confiar, que era possível acreditar. Onde estás tu agora?
De que raio serviu tudo aquilo? Para a queda ser maior?
Já tinha cicatrizes suficientes não precisava de mais e tu sabias disso.
Agora vês-me arrasada com tudo isto e ficas triste, mas imagina como eu me sinto no fundo do poço sem que ninguém lhe mande uma corda para ajudar.
Onde é que tu estás agora? Em que é que vou acreditar agora? Se quando mais preciso não tenho aqui ninguém.
Resta-me um rio interminável de lágrimas que não param de cair.
Sem cera

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