13 de julho de 2011

Há dias assim...


“Acredito agora que na verdade nunca me conheceste. Já eu, ..., amei-te por tudo o que me fizeste sentir, por ser quem era e como era quando estávamos juntos: feliz, um pouco frágil, sonhadora como nunca fui com qualquer outro homem.”MRP

“As coisas mais insignificantes ainda me trazem a tua imagem. Lugares onde estivemos, frases, ideias, músicas, cheiros, pequenos nadas que me levam até à memória o que fomos, memórias nas quais me deixo ir como se num barco que perdeu os remos.”MRP

Há dias assim, em que sinto a alma rasgada, em que te odeio por me teres roubado a réstia de esperança guardada no fundo do baú, em que me sinto vazia, sem chão...
Dias onde não encontro um porque, uma explicação. Dias em que as lágrimas rolam pelo rosto descontroladas e só desejo que tu desapareças...
Odeio o teu silêncio, odeio as farpas que me espetas na alma e que vão mantendo abertas as feridas que deixaste. Odeio o tempo e a tua felicidade.
Não esqueço aquilo que me deste, mas também não esqueço tudo o que levaste a seguir. Deixaste-me vazia de sentimento, de emoção, de vida, ficou o silêncio, a ausência, a mágoa, sobretudo a mágoa, por saberes que não merecia e mesmo assim...
E sim, lembro-me de tudo o que disseste, mas foram só palavras, todo o resto do teu "eu" está longe, muito longe de mim.
Há dias assim, em que me parece que já nem passas aqui, já não tens o vagar das horas, o gosto, a vontade... Tudo o resto é essencial, eu sou menos que o acessório.
Sem cera

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