18 de fevereiro de 2010

Nada de nada

Há alturas em que apetece escrever tudo, outras nem por isso, as vezes apetece ir mais longe, cometer loucuras, outras pensa-se duas vezes antes de dar um passo em frente... Eu, eu nem sei bem a quantas ando, mas sei que existem pessoas, momentos que ficaram lá atrás e acontecimentos que me deixam muita saudade, que me fazem relembrar uma e outra vez tempos já passados. Não são coisas de que goste de falar, não por serem más, pelo contrário, mas porque nunca as vou ter de volta.
Sonhos? Já tive alguns mas todos abandonei, a vida é uma escola dura e nem sempre as coisas são como nós queremos. Não que me queixe, de forma alguma, nunca nada me faltou, sempre tive mais que muitos pelo menos no plano material. Afectos também os tive mas mais escassos ou talvez sejam as minhas memórias que só relembram momentos menos felizes.
As coisas são assim mesmo, já nada as muda, mas há sempre algo que nos falta, aquele bocadinho que nos deveria fazer sentir completos, preenchidos mas que está quase sempre fora de alcance. A mim falta-me esse bocadinho, e embora já o tenha tentado encontrar de diversas formas parece que nenhuma deu certo.
E no meio desta vida, desta confusão de tempos apareceste tu, saido nem sei bem de onde para trazeres qualquer coisa que nem sei bem explicar. Tu que me trazes tanta loucura como serenidade, tanta vontade de desaparecer como de ficar, tanta semelhança e diferença com o passado. Tu que estás sempre aqui mesmo quando não estás...
Olha para mim, diz-me o que vês, na alma tudo se escreve...
Sem cera

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