19 de agosto de 2010

1º dia



Não sei se tenho coragem para voltar aqui uma e outra vez, mas vou tentar.
Hoje está tudo mais calmo, os piores momentos são a noite quando fico completamente só e a manhã quando me lembro de tudo outra vez e penso por um segundo que foi só um pesadelo, mas não caiu na realidade e percebo que nao foi.
Tu não estás mais aqui e sei agora que não voltas, vais abrir mão de mim. Se tu soubesses o quanto isso custa... A falta que sinto...
Mas as despedidas estão feitas, era necessário pelo menos para mim. Foi doloroso, mas tinha de ser.
Custou-me, custa-me ainda a tua serenidade e a tua ambiguidade de não me querer magoar nem na altura de te ires embora, mas tu és mesmo assim e não me consigo zangar contigo.
Ainda continuo a chorar, sou uma "Madalena arrependida" mas um dia eu páro.
Tinha pensado ir ao cinema hoje, vermos o filme que tu tanto querias, mas parece que não vai dar, certamente tu vais vê-lo mas não comigo, cinema para mim acabou.
Isso como tantas outras coisas mais, agora confino-me às quatro paredes do meu quarto, o único sitio onde as memórias de ti são quase inexistentes.
Tudo o resto tento, a custo, fechar numa caixinha perfeita, para não me esquecer mas também para não me lembrar.
Talvez vá até a praia, mas mesmo lá tenho memórias tuas, e agora assim com tudo ainda tão recente nada parece fácil.
Tenho uma coisa para te pedir, não sei se vais aceitar, mas vou tentar. É importante para mim.
Sem cera

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